terça-feira, 26 de julho de 2011

A seriedade que falta no tratar do bullying

Em nossa pesquisa bibliográfica sobre o bullying encontramos um verdadeiro arsenal de artigos e textos que falam sobre o tema. Um arsenal é um depósito de armas, e a grande maioria dos escritos que encontramos nada mais são do que isso: armas destrutivas à ética no cuidar do outro.
É incrível o bullying ser um tema que permeia a realidade educacional, e que está presente atualmente na maioria dos planos de aula das escolas e os nossos mestres não se questionarem o porquê de tanta gente dizer que sabe falar sobre o tema! E mais: se os alunos são cobrados o tempo todo a serem autores de seus escritos, a referenciarem cada pesquisa, a não praticarem a cópia, por que o que encontramos sobre o tema foram nada mais do que copia+cola (ou o famoso CTRL+C e CTRL+V)?
Isso porque o que encontramos foram cartilhas, projetos, blogs, artigos e etc. que dizem a mesma coisa, mas poucos referenciam de onde aquela informação foi retirada. Realmente a internet é uma terra de ninguém, onde qualquer um, inclusive nós, escrevemos o que bem entendemos...
Bullying é coisa séria, é um transtorno de conduta que deve ser trabalhado com a mesma seriedade com a que afeta os alvos de suas agressões.
Aliás, se as pessoas tirassem o foco do bullying e as escolas investissem em cursos de mediação pacífica de conflitos e atualizações sobre como lidar com as situações emergentes nas instituições de ensino (como drogas, assédios, absenteísmos, pais negligentes que reclamam o cuidado aos filhos, etc.) para os seus professores, provavelmente seria mais eficaz do que sair por aí “vomitando” ou “atirando” o conceito de bullying, sem que haja uma compreensão aprofundada do tema, causando confusão, desgaste das equipes técnicas e dos envolvidos.
Cuidado, gente! Há muita incoerência em artigos e textos sobre o bullying, MUITA, se vocês estudarem a fundo perceberão que nem mesmo os autores de livros deixam de se confundir com o conceito. Aliás, autores esses que se dizem especialistas no tema, mas se aproveitam de pesquisas feitas por outras pessoas. Não queremos livros com base no google, queremos seriedade e menos capitalismo. Queremos que a educação seja tratada com educação.

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